Comércio de Pernambuco cresce acima da média nacional
A venda de móveis e eletrodomésticos fez com que o comércio varejista de Pernambuco crescesse mais do que a média nacional. O bom resultado se deve, principalmente, às compras de um setor que ganha cada vez mais força econômica: a classe C.
Os consumidores estão bem à vontade, fazendo o que mais gostam. "Vou gastar, a princípio, R$ 200, mas se tiver uma promoção...ninguém sabe. O brasileiro gosta de comprar”, disse o motorista George Henrique.
O desfile de sacolas pelas ruas comerciais e shoppings do Grande Recife está aí para confirmar:
pelo terceiro mês seguido as vendas do comércio varejista aumentaram. No Brasil, o volume de vendas cresceu cerca 7% em julho deste ano em relação a julho do ano passado. Em Pernambuco o crescimento foi ainda maior no mesmo período: 10,1%.
“A economia como um todo vem passando por um bom momento de vendas. A expansão da renda, a melhoria do consumo, tudo isso vem possibilitando com que as pessoas possam comprar mais mercadorias, mais serviços sim”, explicou o economista Antônio Pessoa.
Pernambuco ficou na quinta posição no ranking dos estados onde o volume de vendas mais cresceu. E nada vendeu mais do que móveis e eletrodomésticos, com um aumento de 34,5% em julho deste ano em relação a julho do ano passado.
“Dá para ver mesmo a correria dos consumidores para comprar. As lojas estão se mantendo cheias constantemente. E hoje as classes C e D estão bem aquecidas”, destacou Hélio Lins, gerente operacional de uma rede de magazine.
A vendedora de seguros Kátia Galiza encontrou a máquina de lavar que precisava e conseguiu negociar um desconto a vista. “Está existindo a oportunidade, o alongamento da negociação e as pessoas estão adquirindo”, comemorou.
Lojas cheias, vendas aceleradas e as redes do comércio varejista estão em plena expansão para atender a procura. “A gente deve fechar este ano com mais ou menos 110 lojas, a gente está abrindo este ano em torno de dez lojas”, adiantou Marcelo Coutinho, gerente de uma rede de lojas de eletrodomésticos
O brasileiro está gastando mais, mas também está devendo mais. O endividamento em agosto cresceu 3% em relação a julho, segundo dados da Serasa. O calote aos bancos responde por quase a metade das dívidas dos consumidores. E para não ficar sem crédito no fim do ano, melhor ouvir o conselho de quem entende de economia.
“A dica básica é juntar o dinheiro. Se você tem uma meta de consumir algum bem, juntar aos poucos que seja e comprar a vista. E se isso aí não for possível, tentar fazer um crediário mais curto e sempre observando a taxa de juros que está sendo cobrada naquele crediário”, ensinou o economista Antônio Pessoa.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, faz parte da classe D a família que tem renda mensal entre R$ 804,00 a R$ 1.115,00. A partir desse valor até R$ 4.807,00, a família é considerada da classe C.
Fonte: NE10
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