Justiça Federal e do Trabalho param
Os magistrados do Judiciário Federal e do Trabalho fizeram paralisações em todo o País ontem. Na 3ª Região do Tribunal Regional Federal, na Capital, 60 juízes se reuniram em encontro que durou cerca de uma hora. Entre os juízes do Trabalho, houve três manifestações – duas no saguão do Fórum Ruy Barbosa e outro no Memorial da América Latina, ambos na Capital. A estimativa do presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Gabriel Wedy, é de que 2.100 magistrados federais e 3.600 do Trabalho tenham se manifestado.
Já a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região – que representa o Grande ABC – estima que 60% dos 174 magistrados (que incluem juízes substitutos e desembargadores) não tenham trabalhado ontem. São 18 titulares atuando no Grande ABC.
Os juízes estão descontentes com vários pontos. Segundo o presidente da Ajufe, a reclamação fica, sobretudo, por conta da insegurança enfrentada pelos pares. “São 200 juízes ameaçados no País, segundo a CNJ (Conselho Nacional de Justiça)”, cita Wedy, que vê ainda necessidade de aprovação de lei que aumenta número de colegiados. A ação iria, segundo ele, desafogar a sobrecarga de trabalho, além de agilizar processos.
Wedy disse que falta sintonia entre os poderes Executivo e Legislativo e, caso não haja resposta até o fim do ano, não está descartada greve das duas categorias.
Entre os pedidos, a correção dos subsídios pagos aos juízes dessas esferas. Segundo um dos vice-presidentes da Ajufe, Ricardo de Castro Nascimento, há defasagem no pagamento desses benefícios. “De 2005, quando foi aprovada revisão dos subsídios para o segmento, para cá, houve defasagem de 25% na revisão dos subsídios, sendo que a inflação no período foi de 31,13%. Houve reajuste apenas em 2009, de 9,07%”, destaca.
Fonte: Agência Estado
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