Alta no preço da carne faz consumidores mudarem hábitos
Diminuição no consumo está começando a dar resultado; preços pararam de subir e a tendência agora é de queda.
O ano começou mais indigesto para quem gosta de carne. Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese) aponta que o preço do quilo em Pernambuco registrou alta de 14% no ano passado. Algumas famílias começam a mudar os hábitos e a buscar alternativas.
"A carne bovina aumentou como um todo. (O preço do) Chã de Dentro deu um pulo enorme. A carne moída está R$ 9 e no mês passado eu comprei a R$ 6", lamenta a dona de casa Suzana Araújo. "A gente substitui por peixe, frango, sardinha, essas coisas", diz a aposentada Elizabete Lins Florentino.
Esta diminuição no consumo de carne está começando a dar resultado. Os preços pararam de subir e a tendência agora é de queda. Em um frigorífico no Recife, que vende 240 toneladas de carne por mês, alguns tipos de corte já começaram a ficar mais baratos.
O gerente da loja, Alberto Rodrigues (foto 2), afirma que as próximas encomendas vão chegar com preços mais baixos. "O boi começa a sobrar no pasto. E ele vai ter que ser abatido. A tendência de queda é grande, de 10% a 15% por quilo. Até o final do mês devo ter essa queda, em todos os cortes", adianta.
Enquanto o fim do mês não chega, a nutriconista Michelle Galindo (foto) dá a dica para substituir a carne sem perder o valor nutritivo. "A primeira opção é por outras carnes, que a gente chama de carnes brancas, que são frango ou peixe. E temos outras sugestões, sem perder o valor nutricional que a gente precisa dessa carne vermelha, as proteínas e o ferro. São: o feijão e a soja, que vão nos dar proteína, que quando junto da vitamina C, que existe na couve, ou em um suco de abacaxi ou de laranja, a gente consegue substituir completamente a carne. A outra opção seria o ovo, porque tem proteína e ferro", ensina.
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