Com mais chuvas, Nova Friburgo continua caótica; mortos passam de 590
Uma chuva torrencial de cerca de uma hora caiu neste sábado sobre Nova Friburgo, região serrana fluminense, causando ainda mais transtornos no centro da cidade, uma das mais afetadas pelos recentes deslizamentos.
A saída da cidade também permanecia caótica, mesmo após a chuva dar uma trégua.
A rodovia RJ 116, que sai de Nova Friburgo rumo a Cachoeiras de Macacu e ao Rio de Janeiro, ficou temporariamente interrompida - a Defesa Civil local não esclareceu se por queda de barreiras ou se por inundações. Por volta das 15h30, o trânsito na rodovia voltou a se mover, ainda que bem lentamente.
Na avenida Comandante Bittencourt, uma das principais do centro friburguense, um verdadeiro rio de lama tomou conta de uma das pistas, impedindo o trânsito da maior parte dos veículos.
A poucos metros dali, na praça Presidente Getúlio Vargas, um volume de cerca de 60 cm de água musturada à lama tomou conta da rua.
Para escapar da inundação, vários motoristas subiram com seus carros nos canteiros e jardins da praça - inclusive veículos da polícia civil.
Havia temores de que transbordasse o rio que cruza a via. O trânsito estava paralisado na cidade e na sua principal saída.
A continuidade das chuvas aumentou a tensão entre os friburguenses, que temiam novos deslizamentos e enxurradas. Além disso, o município está sem luz, e autoridades fizeram um apelo por doações de velas.
Mortos
O número de mortos nos deslizamentos da serra fluminense continuava a subir neste sábado.
Segundo dados da Defesa Civil estadual divulgados pela Agência Brasil pouco depois das 16h, mais de 590 pessoas morreram na tragédia.
A maioria das vítimas é de Nova Friburgo: 267 mortos. Em Teresópolis, são 257 mortos, além de 49 em Petrópolis e 18 em Sumiouro.
A cidade de São José do Vale do Rio Preto não consta do balanço da Defesa Civil fluminense, mas há relato de que as cheias tenham provocado ao menos quatro mortes ali.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou luto oficial de sete dias por conta da tragédia.
Fonte: BBC Brasil
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