'Nunca vi isso na minha vida', diz delegada sobre crime em Cajueiro Seco
A frieza de Edelvandro José de Oliveira, que confessou ter matado e enterrado o corpo da esposa, Vanessa da Silva, de 22 anos, impressionou os moradores e até os profissionais acostumados a ver cenas de violência diariamente
Um crime cruel impressionou os profissionais acostumados a ver cenas de violência todos os dias, e também os moradores de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes. A frieza de Edelvandro José de Oliveira (foto 1), que confessou ter matado e enterrado o corpo da esposa, Vanessa da Silva, de 22 anos. Edelvandro vai responder pelos crimes de ocultação de cadáver e homicídio qualificado.
A arma usada para matar Vanessa ainda não foi encontrada, mas a delegada Gleide Ângelo (foto 2) falou que o caso foi totalmente esclarecido. "Eu nunca vi isso na minha vida. Ele me deu o mapa do cadáver, 'vocês vão cavando, vocês vão achar uma madeira, um cano com concreto dentro, uma jante de carro'... O buraco tinha um metro e meio, ele não cavou de madrugada. Nós levamos cerca de 15 pessoas para cavar, mais a ajuda de populares, e passamos mais de quatro horas. Então esse buraco já estava pronto quando ele foi buscar a menina", disse a delegada.
A polícia desconfiou da versão apresentada pelo acusado desde início. Ele mentiu várias vezes, sobre tudo. De acordo com a investigação, o assassinato começou a ser planejado quando ele suspeitou de que estava sendo traído.
ENTENDA O CASO
O corpo de Wanessa da Silva foi encontrado no início da noite desta terça-feira (24). A polícia passou toda a tarde à procura do corpo da vítima, que foi assassinada pelo marido, que enterrou a esposa no quarto da casa onde os dois moravam, na Rua Bela Vista, em Jaboatão dos Guararapes. Ele chegou a pedir ajuda à polícia para encontrar a esposa desaparecida.
A delegada Gleide Ângelo, responsável pela investigação do caso, confirmou que Edelvandro de Oliveira confessou o crime de homicídio. "Ele confessou nesta madrugada [de terça-feira] que matou Vanessa no dia 16 por volta de uma 1h. Quando ela dormiu, ele disse que não sabe o motivo, mas teve muito ciúme e muito ódio e, como tinha uma arma de fogo, disparou na cabeça dela. Após o disparo, ele disse que a enrolou num lençol e num saco plástico e foi cavar um buraco, das 3h às 6h, no quarto", afirmou a delegada.
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