Polícia prende secretário de Habitação de Jandira suspeito de envolvimento na morte de prefeito
Wanderley Lemes de Aquino estava na sede do órgão no momento da prisão
O secretário Wanderley Lemes de Aquino, de 44 anos, da Secretaria Municipal de Habitação da Prefeitura de Jandira, na Grande São Paulo, foi preso nesta quinta-feira (16), suspeito de envolvimento na morte do prefeito da cidade, Walderi Braz Paschoalin. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Jandira.
Ele foi preso na sede da secretaria, na rua Manoel Alves Garcia, na altura do número cem. Informações iniciais da polícia mostram seu envolvimento na morte do prefeito. Aquino será encaminhado para o Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa de Carapicuíba, onde a morte está sendo investigada. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Habitação por volta das 11h e foi informada de que os assessores estavam em reunião e não poderiam falar com a imprensa no horário.
Paschoalin e seu motorista Wellington Martins, que está internado em estado grave no Hospital das Clínicas, foram atacados quando chegavam à rádio Astral, no bairro Jardim Mirante, em Jandira, para participar do programa semanal Bom Dia, Prefeito, na manhã de sexta-feira (10). Segundo a assessoria da prefeitura, Paschoalin estava em um carro convencional, sem o uso de blindagem. As duas vítimas foram atingidas por vários disparos.
Os dois foram socorridos por equipes da GCM (Guarda Civil Metropolitana). Paschoalin não resistiu aos ferimentos e o motorista foi levado para o hospital Sameb, em Barueri, e depois encaminhado ao Hospital das Clínicas.
Investigação
Até o momento, outros quatro suspeitos pela morte do prefeito estão presos e a polícia investiga se o assassinato foi encomendado por uma facção criminosa. Isso porque um dos quatro presos pode ser braço direito do candidato a deputado federal Ney Santos (PSC), preso em setembro sob a acusação de ser um dos líderes de lavagem de dinheiro da facção. Ele também é dono de um posto de combustíveis na cidade que está interditado.
Os outros três suspeitos estão ligados à facção. De acordo com a polícia, um deles fazia parte de quadrilha que invadiu a casa da filha do prefeito Bráz Paschoalin em setembro deste ano. A tentativa de sequestro aconteceu cinco dias depois da prisão de Ney Santos.
A polícia pediu ainda, nesta terça-feira (14), a quebra do sigilo telefônico e fiscal de seis vereadores da cidade. Eles são suspeitos de receber do Poder Executivo valores que chegavam a R$ 10 mil por mês. O presidente da Câmara de Jandira, Wesley Teixeira, nega ter conhecimento sobre o caso.
Câmeras de segurança
A polícia também investiga por que as câmeras de segurança que poderiam ajudar na identificação dos criminosos não estavam funcionando no dia do crime.
Fonte: R7.com
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