Valor da TIM cai R$ 2 bilhões em apenas um dia
A ameaça do governo de impor sanções à TIM está custando caro à operadora de telefonia. Em apenas um dia, na quinta-feira (12), a empresa perdeu cerca de R$ 2 bilhões em valor de mercado, por conta da queda de 7,55% no preço das ações na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&Fbovespa). Ontem, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou, pela segunda vez, que vai suspender a venda de novos planos de telefonia móvel da companhia, devido à baixa qualidade dos serviços e ao grande número de reclamações dos usuários.
“Faremos isso se ela (a TIM) não resolver o problema. Não somos radicais e não queremos tomar uma medida duríssima. Mas se tiver que fazer, vai ser feito. Não posso simplesmente fechar os olhos”, disse o ministro. De acordo com Geraldo Tardin, presidente do Instituto Brasileiro de Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), a ineficiência da TIM é grande, principalmente para os usuários de banda larga. Quem se sentir prejudicado, deve procurar o Procon e entrar com processo na Justiça.
“Falta à TIM estrutura técnica para dar suporte ao serviço, que fica fora do ar duas ou três vezes por semana. O consumidor tem duas saídas: a portabilidade (para migrar para outra empresa) ou o pedido de indenização, primeiro no Procon e depois na Justiça”, afirmou Tardin. Caso o dano fique comprovado, a operadora terá a obrigação de ressarcir o cliente. “Uma corretora de seguros ficou três dias sem linha. A renda mensal dela, entre R$ 21 mil e R$ 22 mil, caiu para R$ 16 mil. O juiz fez um levantamento dos últimos seis meses de salário, constatou a queda e mandou pagar a diferença”, contou o presidente do Ibedec.
Sobrecarga
O volume de reclamações contra a operadora cresceu 30% desde fevereiro. O período coincidiu com o momento em que a TIM decidiu incrementar a base de clientes. William Alves, analista da XP Investimentos, acrescenta que o nível de satisfação do usuário, que subia desde 2008, se estabilizou em janeiro deste ano, caiu em fevereiro e voltou a piorar em março. O faturamento da empresa subiu 17% no primeiro trimestre deste ano, em relação a 2011.
Em 2010, a TIM era a terceira no ranking das empresas de telefonia. Um ano depois, passou para o segundo lugar, ficando atrás apenas da Vivo, e conquistou 27% do mercado. Apesar dos ótimos resultados, deu um passo maior que a perna e sobrecarregou a rede. Como consequência, os acionistas podem ser prejudicados até que a queda de braço com o governo tenha uma solução. “Ainda é cedo para dizer o que vai acontecer. Se Paulo Bernardo impedir a venda de novos planos, pode haver queda de receita e redução do volume de dividendos”, disse Alves.
Defesa
Em comunicado ao mercado, a TIM informou que, “com referência a rumores quanto a uma possível restrição na comercialização de seus serviços, desconhece a existência de medida tão extrema, bem como os fundamentos dela”. Afirmou também que “vem cumprindo rigorosamente as orientações da Anatel em matéria de qualidade e que segue investindo cerca de R$ 3 bilhões ao ano, sendo que quase a totalidade direcionada à infraestrutura. (DP)
“Faremos isso se ela (a TIM) não resolver o problema. Não somos radicais e não queremos tomar uma medida duríssima. Mas se tiver que fazer, vai ser feito. Não posso simplesmente fechar os olhos”, disse o ministro. De acordo com Geraldo Tardin, presidente do Instituto Brasileiro de Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), a ineficiência da TIM é grande, principalmente para os usuários de banda larga. Quem se sentir prejudicado, deve procurar o Procon e entrar com processo na Justiça.
“Falta à TIM estrutura técnica para dar suporte ao serviço, que fica fora do ar duas ou três vezes por semana. O consumidor tem duas saídas: a portabilidade (para migrar para outra empresa) ou o pedido de indenização, primeiro no Procon e depois na Justiça”, afirmou Tardin. Caso o dano fique comprovado, a operadora terá a obrigação de ressarcir o cliente. “Uma corretora de seguros ficou três dias sem linha. A renda mensal dela, entre R$ 21 mil e R$ 22 mil, caiu para R$ 16 mil. O juiz fez um levantamento dos últimos seis meses de salário, constatou a queda e mandou pagar a diferença”, contou o presidente do Ibedec.
Sobrecarga
O volume de reclamações contra a operadora cresceu 30% desde fevereiro. O período coincidiu com o momento em que a TIM decidiu incrementar a base de clientes. William Alves, analista da XP Investimentos, acrescenta que o nível de satisfação do usuário, que subia desde 2008, se estabilizou em janeiro deste ano, caiu em fevereiro e voltou a piorar em março. O faturamento da empresa subiu 17% no primeiro trimestre deste ano, em relação a 2011.
Em 2010, a TIM era a terceira no ranking das empresas de telefonia. Um ano depois, passou para o segundo lugar, ficando atrás apenas da Vivo, e conquistou 27% do mercado. Apesar dos ótimos resultados, deu um passo maior que a perna e sobrecarregou a rede. Como consequência, os acionistas podem ser prejudicados até que a queda de braço com o governo tenha uma solução. “Ainda é cedo para dizer o que vai acontecer. Se Paulo Bernardo impedir a venda de novos planos, pode haver queda de receita e redução do volume de dividendos”, disse Alves.
Defesa
Em comunicado ao mercado, a TIM informou que, “com referência a rumores quanto a uma possível restrição na comercialização de seus serviços, desconhece a existência de medida tão extrema, bem como os fundamentos dela”. Afirmou também que “vem cumprindo rigorosamente as orientações da Anatel em matéria de qualidade e que segue investindo cerca de R$ 3 bilhões ao ano, sendo que quase a totalidade direcionada à infraestrutura. (DP)
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