Ministério Público quer acabar com a farra dos combustíveis em Serra Talhada
A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, tendo a frente o promotor Vandeci de Souza Leite, está empenhada em ”frear” uma rede de negócios que vem crescendo em Serra Talhada. E que traz sérios riscos à população: a construção de novos postos de gasolina na zona urbana e o comércio ilegal de gás de cozinha.
Hoje pelo menos seis postos de combustíveis funcionam dia e noite no centro da cidade, próximos a residências, escolas e hospitais. Como não há nenhuma lei regulamentando o tema, mais um estabelecimento está prestes a ser inaugurado numa área que abriga centenas de famílias. Um potencial acidente num local como este seria catastrófico e, por isso, investimentos em postos de gasolina nessas áreas não traduzem sinais de progresso para a cidade.
Remando contra a maré, o Promotor de Justiça reuniu, no mês passado, representantes do Governo Municipal e membros da sociedade civil organizada. Na pauta, discutiu-se o fim de novas construções de postos na zona urbana de Serra Talhada e o mapeamento do comércio ilegal de botijões de gás na cidade. Os postos que já funcionam também terão que tomar medidas preventivas. “Vamos oficiar todos os proprietários de postos de combustíveis para que informem sobre a existência de dispositivo de acionamento para vazamentos”, disse o promotor Vandeci de Souza, informando que o Ministério Público estará acompanhando de perto os trabalhos de cada entidade envolvida. O Promotor informou ainda que o Corpo de Bombeiros vai adotar um cronograma de palestras e campanhas educativas para combater a venda irregular do gás de cozinha.
O ”nó” está mais que atado. A prefeitura ficou com a responsabilidade de enviar um Projeto de Lei à Câmara de Vereadores, num prazo de 60 dias, regulamentando a instalação de novos postos. A reunião aconteceu no dia 7 de fevereiro, na Sala de Audiências do MP. Entretanto, até agora nada foi enviado ao parlamento. Ou seja, o relógio está correndo. Sem dúvidas, este será um projeto polêmico que deverá contrariar interesses. Pelo cronograma firmado, a gestão municipal terá até o dia 7 de abril para elaborar o projeto.
Fonte: Farol de Notícias
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