Calote: Mais artistas de ST cobram pagamento de cachês atrasados e criticam a Fundarpe
Não basta o atraso no pagamento do cachê de músicos de Serra Talhada,
que esperam receber por trabalhos realizados desde fevereiro, a
Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco),
ligada ao governo do Estado, deve agora a capoeiristas, dançarinos e
atores há, pelo menos, seis meses. O líder do grupo Capoeira Muzenza,
Vanilson Leite da Silva, o Nego da Capoeira, procurou o Blog Farol de Notícias
para reclamar do atraso. Ele conta que sua equipe se apresentou no
projeto Cultura na Feira em abril deste ano por um cachê de R$ 480.
“Muita gente já havia me avisado para não entrarmos nessa da Fundarpe,
que seria uma enrascada. Dito e feito”, lamenta o capoeirista.
Ele critica a “falta de respeito” com que a Fundarpe vem lidando com
os artistas de Serra Talhada. “Pois eles não dão satisfação alguma”.
Nego da Capoeira enfatiza ainda que não entende o por quê de alguns
artistas terem recebido, enquanto outros não. “Eu não entendo isso, por
que estão pagando a alguns e esquecendo de outros. Eu mesmo tive que
tirar do meu bolso para ajudar alguns integrantes do grupo que
contraíram dívidas após terem contado com o dinheiro do cachê da
Fundarpe para pagá-las”, relata o líder do Muzenza, que existe em Serra
Talhada há 13 anos.
Indignado, Nego da Capoeira cobra da Fundarpe uma reunião com
artistas que ainda não foram pagos pelo órgão. “Eles devem nos dar pelo
menos uma satisfação. Sabemos que já foi enviado um documento para a
Fundarpe através do seu representante aqui em Serra, Modesto Barros, mas
até agora, não houve nenhuma resposta para capoeiristas e dançarinos de
grupos de hip-hop. Essa Fundarpe deveria ser extinta, pois não respeita
os artistas do interior do Estado”, disparou Nego da Capoeira.
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