Julgamento do Mensalão: Lewandowski absolve Genoino e mais três. Hojé é dia de Dirceu
O revisor do
processo do Mensalão, Ricardo Lewandowski, divergiu do voto do relator
na quarta-feira (03), durante julgamento no Supremo Tribunal Federal
(STF), e votou pela absolvição do ex-presidente do PT José Genoino e de
mais três réus da ação penal no crime de corrupção ativa (oferecer
vantagem indevida). Foram inocentados pelo revisor, além de Genoino, o
ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, o advogado de Marcos
Valério Rogério Tolentino e a ex-funcionária de Valério Geiza Dias.
Lewandowski deixou para apresentar na
sessão desta quinta (04) o voto sobre o ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu, apontado pela acusação da Procuradoria-Geral da República como
chefe do suposto esquema de compra de votos no Congresso Nacional – veja
como cada magistrado já votou sobre cada réu.
Dez pessoas da antiga cúpula do PT e do
grupo de Marcos Valério foram acusadas de corrupção ativa (oferecer
vantagem indevida). Segundo a denúncia, os réus deram dinheiro a
parlamentares para comprar o apoio político de deputados ao governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara.
Políticos e assessores que receberam
dinheiro do esquema já foram condenados por corrupção passiva (receber
vantagem indevida) – clique aqui para ver o que diz a acusação e o que
diz a defesa de cada réu.
Contra a Procuradoria
Segundo a acusação, Dirceu, Genoino e
Delúbio se associaram ao grupo de Valério, apontado como o operador do
mensalão, para desviar dinheiro de contratos públicos e contrair
empréstimos fraudulentos, com a finalidade de ampliar a base aliada de
Lula. Lewandowski condenou o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares por
corrupção ativa, por entender que os autos provam que ele repassou
dinheiro a políticos.
“Delúbio está sempre presente, está
em todas as negociações. (Atuou) em esquema criminoso e de repasse de
verbas para políticos, para os mais diversos fins: apropriação pessoal,
pagamentos de dívidas de campanha. Pode ser até, eventualmente, para
compra de consciência”. Lewandowski é um dos poucos ministros que
não aceitou a tese da Procuradoria de que o dinheiro repassado era
especificamente para compra de apoio político. (Do G1)
0 Comentários: