Polícia averigua denúncia de compra de voto e apreende cestas básicas na casa de candidato da FPST
Apurando denúncia de compra de voto,
no final da manhã desta terça-feira (2), policiais flagraram na casa do
candidato a vereador pela Frente Popular de Serra Talhada (FPST), Luiz Barbosa
(PSD), no bairro da AABB, 65 cestas básicas que estariam sendo usadas como
“moeda” eleitoral. Segundo a juíza Isânia Maria Moreira Reis, que expediu a
cautelar de busca e apreensão na residência do candidato, um inquérito será
aberto para comprovar a “materialidade do fato”. Caso isso aconteça, ele poderá
pegar de um a quatro anos de reclusão e será obrigado a realizar o pagamento de
5 a 15 dias/multa. A FPST apoia o candidato Sebastião Oliveira.
A magistrada acatou solicitação da
coligação O Trabalho Continua, do candidato Luciano Duque (PT), que recebeu
denúncia anônima alertando sobre a suspeita de crime eleitoral. “A apreensão
dessas cestas básicas só vão configurar captação ilícita de sufrágio (compra de
voto) e abuso de poder econômico após a conclusão do inquérito policial”,
ressaltou Isânia Maria Moreira Reis. “Caso isso seja mesmo provado, lamentamos
que no estágio democrático em que vivemos ainda práticas tão prejudiciais aos
direitos do cidadão estejam em voga”, disse, esclarecendo que, se o candidato
da FPST estivesse em casa no momento da chegada polícia, acabaria preso em
flagrante.
Assim que a polícia chegou na casa do
empresário e radialista Luiz Barbosa, mais conhecido como “Mô”, avistou
bandeiras e adesivos do candidato Sebastião Oliveira (PR). Ao lado de uma
oficial de Justiça e de uma vizinha do candidato, agentes da Polícia Civil
vasculharam toda a casa e recolheram os alimentos, que foram levados para a
delegacia e, posteriormente, ao Fórum Eleitoral. “A coligação solicitou o
pedido de busca e apreensão à juíza após receber uma denúncia anônima. Agora, quem
deve seguir com as investigações, após a conclusão do inquérito, será o
Ministério Público Eleitoral”, esclarece o advogado da coligação O Trabalho
Continua, Carlos Giovanni Simoni Filho. Isânia Moreira Reis destacou que essa
foi a primeira vez que a Justiça Eleitoral consegue averiguar um fato com
“substancialidade”. “Até esse momento, estávamos apenas recebendo muitas
denúncias, mas sem fundamento algum”, relatou.
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