Polícia averigua denúncia de compra de voto e apreende cestas básicas na casa de candidato da FPST

terça-feira, outubro 02, 2012 Inaildo Dionisio 0 Comentários






Apurando denúncia de compra de voto, no final da manhã desta terça-feira (2), policiais flagraram na casa do candidato a vereador pela Frente Popular de Serra Talhada (FPST), Luiz Barbosa (PSD), no bairro da AABB, 65 cestas básicas que estariam sendo usadas como “moeda” eleitoral. Segundo a juíza Isânia Maria Moreira Reis, que expediu a cautelar de busca e apreensão na residência do candidato, um inquérito será aberto para comprovar a “materialidade do fato”. Caso isso aconteça, ele poderá pegar de um a quatro anos de reclusão e será obrigado a realizar o pagamento de 5 a 15 dias/multa. A FPST apoia o candidato Sebastião Oliveira.

A magistrada acatou solicitação da coligação O Trabalho Continua, do candidato Luciano Duque (PT), que recebeu denúncia anônima alertando sobre a suspeita de crime eleitoral. “A apreensão dessas cestas básicas só vão configurar captação ilícita de sufrágio (compra de voto) e abuso de poder econômico após a conclusão do inquérito policial”, ressaltou Isânia Maria Moreira Reis. “Caso isso seja mesmo provado, lamentamos que no estágio democrático em que vivemos ainda práticas tão prejudiciais aos direitos do cidadão estejam em voga”, disse, esclarecendo que, se o candidato da FPST estivesse em casa no momento da chegada polícia, acabaria preso em flagrante.

Assim que a polícia chegou na casa do empresário e radialista Luiz Barbosa, mais conhecido como “Mô”, avistou bandeiras e adesivos do candidato Sebastião Oliveira (PR). Ao lado de uma oficial de Justiça e de uma vizinha do candidato, agentes da Polícia Civil vasculharam toda a casa e recolheram os alimentos, que foram levados para a delegacia e, posteriormente, ao Fórum Eleitoral. “A coligação solicitou o pedido de busca e apreensão à juíza após receber uma denúncia anônima. Agora, quem deve seguir com as investigações, após a conclusão do inquérito, será o Ministério Público Eleitoral”, esclarece o advogado da coligação O Trabalho Continua, Carlos Giovanni Simoni Filho. Isânia Moreira Reis destacou que essa foi a primeira vez que a Justiça Eleitoral consegue averiguar um fato com “substancialidade”. “Até esse momento, estávamos apenas recebendo muitas denúncias, mas sem fundamento algum”, relatou.

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