Eduardo decide visitar áreas atingidas pela seca
Com o
agravamento da seca no interior pernambucano, tida como a pior dos
últimos 50 anos, o governador Eduardo Campos (PSB) decidiu visitar
alguns municípios que vêm sofrendo com o problema. De volta ao Recife,
após 16 dias de férias com a família na Itália, Eduardo revelou sua
preocupação com a piora no quadro e prometeu iniciar a agenda na
quarta-feira (28) à tarde.
O primeiro
município a ser definido será definido em reunião na manhã desta
terça-feira (27). Compromissos pré-agendados no Recife e na Região
Metropolitana impediram que o governador pudesse prolongar, logo agora,
seu período pelo Sertão, o que ocorrerá na próxima semana, quando
Eduardo deverá passar três dias consecutivos no interior, vendo os
problemas da estiagem.
“Tive uma
reunião com o pessoal da coordenação da seca. Devo ir para lá (Sertão)
na quarta-feira fazer visitas a alguns pontos. Na próxima semana, devo
voltar de forma mais prolongada. Nesta fica difícil, pois tenho que ir a
uma atividade da Unicef na quinta à tarde, em Brasília, que inclusive
tem a ver com o pacto do semiárido”, explicou Eduardo, que nesta segunda
(26) compareceu à inauguração da reforma do Museu da Cidade do Recife.
Curiosamente,
uma das obras prometidas pelo governo Federal para minimizar os efeitos
da seca está hoje nas mãos do PSB, partido que é presidido
nacionalmente pelo governador pernambucano. A Transposição do Rio São
Francisco, cujo comando é do Ministério da Integração Nacional, hoje a
cargo de Fernando Bezerra Coelho (PSB), deveria ser concluída neste ano.
No entanto, atrasos na obra esticaram o prazo para 2015 e ainda
elevaram seu custo. Em 2007, quando o projeto teve início, a estimativa
era de um custo de R$ 4,5 bilhões, valor elevado para R$ 8,2 bilhões na
última previsão do ministério. O mesmo órgão aponta que apenas 43% de
toda a obra já foram concluídos.
A meta da
Transposição é amenizar a seca para 12 milhões de sertanejos, levando
água para 400 municípios de quatro Estados do Nordeste. A ideia foi
defendida por outro socialista, Ciro Gomes, quando este ainda era
ministro de Integração Nacional do governo Lula (PT). Porém, quando a
obra foi iniciada, o ministério havia passado para a cota do PMDB, tendo
sido ocupado, entre 2007 e 2010, por Geddel Vieira Lima e João Santana.
Apenas em 2011, com Dilma (PT) na Presidência, a pasta voltou para o
comando do PSB. (JC Online)
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