Quase metade dos paulistanos ‘absolve’ PM que participa de grupo de extermínio
Para 11%, ele deveria ser expulso da polícia, mas não preso
Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo mostra que 43%
dos paulistanos não acham que um policial que participasse de um grupo
de extermínio deva ser punido. A pesquisa retrata o estado da população
da capital após a onda de violência que começou em junho e se
intensificou em outubro e novembro. O levantamento, feito na última
quinta-feira, ouviu 1.082 paulistanos. O percentual que defende a prisão
desse policial é ligeiramente inferior em relação aos que defendem a
impunidade - 40%. Para 11%, ele deveria ser expulso da polícia, mas não
preso.
A pesquisa também mostra que o medo de andar à noite nas ruas de São
Paulo mais do que dobrou em cerca de três meses. Na última quinta-feira,
61% diziam se sentir muito inseguros com caminhadas noturnas no bairro
onde moram. Em agosto, o índice era de 26%. Em 2008, era de 20%.Apenas
11% dos paulistanos afirmam se sentir muito seguros ao andar à noite. Em
2012 e 2008, esse índice era o dobro do atual (19% e 21%,
respectivamente).
A pesquisa mostra também que notícias de toques de recolher já foram
ouvidas por 44% dos paulistanos. Na Zona Norte, esse índice chega a 54%.
A fonte da onda de violência são as facções criminosas ou bandidos, segundo 34% dos paulistanos.
Para 17%, trata-se de um acerto de contas entre criminosos e polícia. Só
5% consideram que uma facção criminosa dirige os ataques.
O percentual é idêntico ao dos que dizem que os homicídios decorrem de
vingança de criminosos por causa da morte de membros de facção
criminosa.
Para 18%, foi o governo que motivou os ataques por desleixo ou falta de
controle. Os mesmos 18% põem a culpa na falta de estrutura policial,
baixos salários ou ausência de um planejamento estratégico por parte da
polícia.
A corrupção policial em geral é apontada como o principal motivo dos ataques para 18% dos paulistanos. (O Globo)
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