SERRINHA está fora do “Mais Irrigação”; barragem é vítima, de novo, de promessa vazia
A Barragem de Serrrinha, com capacidade para acumular até 311 milhões
de metros cúbicos d’agua, até agora serviu apenas para ilustrar os
discursos “proféticos” de vários políticos. Durante visita a Serra
Talhada, no dia 18 de junho, o ministro da Integração Nacional, Fernando
Bezerra Coelho, empenhou a sua palavra garantindo que, desta vez, a
irrigação no entorno do lago sairia do papel.
“Vamos incluir o pleito de Inocêncio Oliveira sobre a irrigação da
Barragem de Serrinha. Aliás, Serrinha deveria ser chamada de ‘espelho
d’água’ Inocêncio Oliveira”, comprometeu-se o ministro, afagando o ego
do deputado republicano.
No último dia 13 de novembro, o Governo Federal lançou o programa
“Mais Irrigação”, destinando R$ 3 bilhões para irrigação de 66 áreas em
16 estados. E olha só: a Barragem de Serrinha está fora. O dinheiro
oriundo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai chegar para
duas áreas pernambucanas:
Terra Nova e Serra Negra. O “Mais Irrigação”
também prevê a recuperação de 13 perímetros irrigados. Entretanto, o
perímetro Cachoeira II, que encontra-se semi-abandonado, não aparece na
lista de investimentos.
HISTÓRIA
A construção da Barragem de Serrinha teve ínicio em
1955 e foi inaugurada em 29 de março de 1997 pelo presidente Fernando
Henrique Cardoso (PSDB). Na época, às margens do lago e na presença do
deputado Inocêncio Oliveira, o presidente FHC não perdeu tempo e assumiu
o compromisso com a irrigação da barragem.
“Vamos irrigar a terra, produzir e dar comida para o nosso povo”,
disse o presidente, recebendo aplausos dos presentes. Até agora, nenhum
projeto de reforma agrária ou de irrigação foi efetivado em Serrinha. (Farol de Notícias)
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