Água potável vira artigo de luxo em cidades da Bahia e Paraíba
Os Estados da Bahia e Paraíba têm 454 cidades em situação de emergência
por conta da seca. São 259 municípios baianos e 195 paraibanos. Mais de
três milhões de pessoas já foram afetadas pelas consequências da
prolongada estiagem.
A venda de água potável em algumas regiões mais afastadas se tornou um
negócio lucrativo. Em algumas cidades não chove desde março de 2011.
Chega-se a cobrar 60% a mais do que o comum por uma garrafa. No sertão
paraibano, um carro pipa custa R$ 200, o que dificulta que algumas
famílias consigam ter acesso. Um galão pequeno custa R$ 18.
Em Bernardino Batista, no sertão paraibano, para encher uma caixa de
água é necessário pagar R$ 50. Os agricultores não conseguem alimentar
os bois e não raramente eles são encontrados mortos. Alguns criadores
queimam diversos animais já sem vida de uma só vez para evitar o mal
cheiro e a proliferação de doenças.
Na Bahia, a Coordenação Estadual de Defesa Civil informou que houve
perda de 25% de tudo que se foi plantado no Estado. Algumas cidades
decretaram emergência pelo baixo nível dos reservatórios e outros pelo
aumento do número de focos de incêndio. Em alguns casos, não existe água
nem para apagar as chamas.
Cerca de 75% do território paraibano e 65% do baiano estão com os
decretos de emergência vigentes. Em algumas áreas existe a previsão de
chuva para dezembro, mas em outras não deve chover mais neste ano.
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