Sebastião: “A popularidade do prefeito cresceu, mas a maquiagem está caindo”
“A maquiagem está caindo agora”. Foi com essa frase que o deputado
estadual Sebastião Oliveira (PR), ex-candidato a prefeito de Serra
Talhada, quebrou, finalmente, o silêncio para comentar o fechamento da
gestão do prefeito Carlos Evandro (sem partido) após oito anos de
governo.
O parlamentar sinalizou, em entrevista ao radialista Francys Maia,
que o poder municipal estaria mal das contas por falta de planejamento e
que teria se aproveitado politicamente de programas do Governo Federal
para ganhar popularidade. ‘Sebá’ disse ainda que a Prefeitura de Serra
Talhada gastou muito com locação de carros, imóveis e contratação de
pessoal se preparando para as eleições. E isso teria contribuído para
elevar a moral do gestor junto ao eleitorado. Mas não seria o bastante
para “salvar” a boa imagem da prefeitura.
“A popularidade dele (Carlos) cresceu porque a máquina inchou. Muita
gente foi contratada temporariamente. Carros foram locados… Mas quando
aumenta-se a gastança pública, diminui a eficiência nos investimentos.
Até o próprio Manoel Santos (PT) chamou recentemente o governo dele de
ineficiente e burocrático (leia aqui).
A prefeitura de Serra esteve o tempo todo bem distante do modelo
exemplar de gestão. Faltando duas semanas para a campanha fizeram o
sorteio do Minha Casa Minha Vida, sem nem terem feito vistoria pela
Caixa (Econômica). O que havia nesta gestão, na realidade, era uma
grande maquiagem e ela está caindo agora. Se o futuro gestor continuar
com esse modelo, ele (Duque) não terá bons dias pela frente”, alfinetou o
parlamentar.
Sebastião destacou que não teria obrigação alguma em ajudar o
prefeito eleito Luciano Duque (PT), já que a população o fez oposição.
“Eu não tenho obrigação nenhuma em ajudá-lo. O que vou fazer é continuar
trabalhando por Serra Talhada”, diferenciou. Sebastião desdenhou também
do prefeito Carlos Evandro ao comentar sobre o futuro político do
prefeito, que chegou a dizer que vai ouvir o governador Eduardo Campos
(PSB) para decidir sobre em qual legenda irá se filiar. “Isso pouco me
interessa. Mas, se me perguntassem no lugar dele, eu diria para o PT,
por coerência. No entanto, coerência nunca foi um artifício muito
presente no prefeito. Quando ele foi convidado para entrar na legenda
(PSB) em 2006, não quis. Agora quer ser adesista? O goverador sabe quem é
adesista e companheiro de primeira linha. Quando um navio navega em
mares tranquilos, todo mundo que subir nele”, provocou. (Farol de Notícias)
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