Dois PMs presos acusados de matar jovem de 20 anos com tiros na nuca
Uma vítima inocente e que perdeu a vida por motivo banal. No dia 11
de maio de 2012, o jovem Diogo Lourenço da Silva, 20 anos, estava
conversando com alguns amigos em frente à Delegacia do Alto do Pascoal,
quando por volta das 23h, dois homens em um Celta pararam o carro,
revistaram os rapazes, disseram que eram policiais da Delegacia de
Narcotráfico e levaram Diogo no veículo. Num ato covarde, tiraram a vida
do jovem que estava prestes a ser pai. O corpo de Diogo foi encontrado
na manhã do dia seguinte, com dois tiros na nuca, por trás do cube
Bariloche, em Paulista. Dois policiais militares foram presos nesta
terça-feira apontados como os autores do assassinato.
Segundo a polícia, não restam dúvidas de que Diogo Lourenço foi
vítima de uma execução. Ele foi encontrado morto e ajoelhado no chão.
Morreu sem qualquer chance de defesa e sem dever nada à Justiça.
Ainda
de acordo com a polícia, Diogo não tinha envolvimento com drogas, nem
com outros crimes. E nunca havia sido preso ou apreendido quando menor
de 18 anos. Para a família e os amigos, restou o alívio de saber que
dois acusados pelo crime foram identificados e presos. São dois
policiais militares e que já estão recolhidos no Centro de Reeducação da
Polícia Militar (Creed), em Paratibe.
Um dos acusados é o PM Paulo Roberto Firmino de Paula, conhecido como
Paulo Bomba, de 36 anos, e que era lotado no 13º BPM. O outro é
Anderson Loiola Marques, 27 anos, que fazia parte da equipe do 16º BPM. O
terceiro suspeito de participar do crime ainda não foi identificado.
Os dois PMs presos negam participação na
morte de Diogo. Mesmo assim, ambos foram indiciados pelos investigadores
da 5ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP) e denunciados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Os
PMs foram presos num trabalho conjunto do DHPP e dos batalhões onde eram
lotados. Eles tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça na
última segunda-feira.
A motivação do assassinato ainda não foi esclarecida pela polícia, no
entanto, há informações de que o suspeito Paulo Roberto nutria uma
inimizade com a vítima, sem causa. Testemunhas afirmaram à polícia que
sempre que o policial encontrava a vítima, passava a encará-la e que ele
já teria discutido com Diogo, inclusive o chamando de traficante. (Blog Seg. Pública)
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