Policial militar acusado de cometer homicídio é preso

segunda-feira, fevereiro 14, 2011 Inaildo Dionisio 0 Comentários

O soldado da Polícia Militar Roberto Anderson da Silva, 31 anos, foi preso em flagrante, na manhã desta segunda-feira (14), por policiais do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa. Ele é suspeito de ter matado Ivanildo Elias Bezerra de Melo Júnior, 25 anos, ex-namorado de sua atual companheira.

O crime aconteceu na rua General Goes Monteiro, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, na casa da vítima, na madrugada do último domingo (13).

Segundo informou o delegado Igor Tenório Leite (foto), titular do caso, o retrovisor do carro da namorada do PM apareceu quebrado e ela suspeitou que o ex seria o responsável. Junto com o soldado, o casal foi à casa de Ivanildo Júnior e quebrou o retrovisor do carro dele. Ao ouvir o barulho, a vítima saiu de casa e viu o espelho partido no chão e o casal. Ele perguntou se os dois tinham quebrado a peça - nesse momento, o PM teria respondido que sim e disparado três vezes contra a vitima.

Ivanildo Júnior foi socorrido com vida para a UPA da Imbiribeira, mas morreu antes de dar entrada no Hospital da Restauração, para onde foi encaminhado. Antes de falecer, porém, gravou um vídeo no celular de um parente contando a sua versão dos fatos. O material já está em posse dos investigadores.

No momento da prisão, o soldado estava em casa, mas sem a pistola usada no crime. No entanto, a polícia apreendeu outra arma, um revólver calibre 38 sem registro, e também munição de uso exclusivo das Forças Armadas. Além disso, os policiais também encontraram seis papelotes de maconha e uma pequena quantidade de loló.

Roberto Anderson da Silva foi indiciado por homicídio qualificado, porte ilegal de munição de uso restrito e porte ilegal de arma. Ele deve ser encaminhado para o Centro de Reeducação da PM (Creed), em Paratibe, Paulista.

Em nota, a Polícia Militar informou que foi instaurado imediatamente um processo de licenciamento contra o policial militar, o que pode resultar na expulsão dele da corporação.