Empresas pernambucanas crescem através de franquias
Pernambuco é o estado com mais franqueadores no Nordeste, com mais de 60 empresas que optaram pelo sistema de franchising para expandir suas operações. Quem já está nesse mercado garante que é o caminho mais rápido e menos oneroso para crescer, mas é preciso se preparar bem antes de "ganhar o mundo".
Os especialistas apontam que qualquer negócio pode virar uma franquia, desde que já seja um sucesso. Porém, estar apto a entrar no concorrido mercado de franquias requer investimento financeiro e de gestão, como explica o consultor Hamilton Medeiros. Ele aconselha que, além da ajuda de consultores para orientar a empresa a entrar no formato de franchising, é preciso que o gestor e seus assistentes saibam delegar, treinar e transmitir conhecimento, uma vez que seus procedimentos, métodos e até segredos serão compartilhados em nome do padrão da marca. Medeiros aconselha também que a empresa não seja recém-criada, para que possa ter uma certa maturidade antes de apostar em franchising. "O ideal é que sejam dois ou três anos de atuação, com exceção das empresas de tecnologia, que muitas vezes não precisam nem de um ano".
O diretor executivo da Associação Brasileira de Fanchising (ABF), Ricardo Camargo, também lança estimativas de valores. Ele aponta que a margem de lucro da empresa precisa dar abertura para que todos ganhem, ficando pelo menos entre 5% e 15%. O custo de adaptação pode variar entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, com retorno médio de 36 meses. Para o empresário Fernando Torres, do Grupo Couvert, o atendimento ao franqueado e a supervisão concentram a maior parte do investimento na etapa seguinte, quando a franquia já está funcionando. "Tem que ter esse suporte, seja para uma ou 20 franquias", indica.
No Sebrae, é possível obter as primeiras noções sobre o processo de migração. “Temos materiais disponíveis no nosso site (www.pe.sebrae.com.br) e nas nossas unidades, para a etapa inicial em que o empresário ainda não está certo se a franquia é o melhor caminho para a empresa dele”, orienta o analista do Sebrae Alexandre Alves, “Mas chegará um momento em que um consultoria especializada será necessária”.
Engajamento
Fernando Torres está satisfeito com seu retorno das franquias do Mercado 153, que veio a partir da quinta e da sexta unidades abertas. No entanto, ele diz que o maior desafio agora é encontrar franqueados que não sejam apenas investidores. Segundo ele, como o universo de franquias está em ascensão enquanto oportunidade de negócio, há uma atividade muito grande de pessoas que querem apenas colocar o dinheiro. "Mas isso é um tiro no pé", alerta o empresário, porque a presença do franqueado é fundamental para garantir o padrão de qualidade da marca.
A empresária Graça Petribu, da Fri-Sabor, está em processo de adaptação para transformar a marca em franqueadora, mas também já está preocupada com o perfil das pessoas que vão representá-la Brasil afora. Ela ressalta que as pessoas precisam estar envolvidas, até porque uma folha de pagamento com muitos níveis hierárquicos encarece a operação, reduzindo a margem de lucro e, consequentemente, a viabilidade da franquia. "O fraqueado precisa estar dentro do negócio não só para cuidar de perto do nosso patrimônio, mas também para reduzir custos com pessoal", comenta, lembrando que o nível de qualidade do atendimento ao cliente também é muito influenciado pelo cuidado que o dono - ou o franqueado - dedica à empresa.
Fri-Sabor se prepara
A sorveteria Fri-Sabor, que tem fábrica própria, já coleciona mais 100 de pedidos recentes de franquia, de outras capitais, como Brasília, mas principalmente em Recife e em cidades do interior de Pernambuco. A diretora Graça Petribu já está convencida que a melhor opção de expansão para a companhia é o franchising, mas não quer apressar o processo em detrimento da qualidade da transição.
As movimentações em torno disso começaram no ano passado e uma consultoria já foi contratada, mas ela acredita que, neste ponto, são os proprietários que devem cuidar da "arrumação da casa" e das futuras orientações aos franqueados. "Estamos formatando o manual de procedimentos. Precisamos de um manual que não fique só a prateleira", comenta a empresária, ao falar sobre a necessidade de envolvimento dos donos do negócio. Tudo para garantir que o sucesso da empresa, hoje com 55 anos e seis lojas próprias, se replique nas franquias que estão por vir. (JC On Line)
Os especialistas apontam que qualquer negócio pode virar uma franquia, desde que já seja um sucesso. Porém, estar apto a entrar no concorrido mercado de franquias requer investimento financeiro e de gestão, como explica o consultor Hamilton Medeiros. Ele aconselha que, além da ajuda de consultores para orientar a empresa a entrar no formato de franchising, é preciso que o gestor e seus assistentes saibam delegar, treinar e transmitir conhecimento, uma vez que seus procedimentos, métodos e até segredos serão compartilhados em nome do padrão da marca. Medeiros aconselha também que a empresa não seja recém-criada, para que possa ter uma certa maturidade antes de apostar em franchising. "O ideal é que sejam dois ou três anos de atuação, com exceção das empresas de tecnologia, que muitas vezes não precisam nem de um ano".
O diretor executivo da Associação Brasileira de Fanchising (ABF), Ricardo Camargo, também lança estimativas de valores. Ele aponta que a margem de lucro da empresa precisa dar abertura para que todos ganhem, ficando pelo menos entre 5% e 15%. O custo de adaptação pode variar entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, com retorno médio de 36 meses. Para o empresário Fernando Torres, do Grupo Couvert, o atendimento ao franqueado e a supervisão concentram a maior parte do investimento na etapa seguinte, quando a franquia já está funcionando. "Tem que ter esse suporte, seja para uma ou 20 franquias", indica.
No Sebrae, é possível obter as primeiras noções sobre o processo de migração. “Temos materiais disponíveis no nosso site (www.pe.sebrae.com.br) e nas nossas unidades, para a etapa inicial em que o empresário ainda não está certo se a franquia é o melhor caminho para a empresa dele”, orienta o analista do Sebrae Alexandre Alves, “Mas chegará um momento em que um consultoria especializada será necessária”.
Engajamento
Fernando Torres está satisfeito com seu retorno das franquias do Mercado 153, que veio a partir da quinta e da sexta unidades abertas. No entanto, ele diz que o maior desafio agora é encontrar franqueados que não sejam apenas investidores. Segundo ele, como o universo de franquias está em ascensão enquanto oportunidade de negócio, há uma atividade muito grande de pessoas que querem apenas colocar o dinheiro. "Mas isso é um tiro no pé", alerta o empresário, porque a presença do franqueado é fundamental para garantir o padrão de qualidade da marca.
A empresária Graça Petribu, da Fri-Sabor, está em processo de adaptação para transformar a marca em franqueadora, mas também já está preocupada com o perfil das pessoas que vão representá-la Brasil afora. Ela ressalta que as pessoas precisam estar envolvidas, até porque uma folha de pagamento com muitos níveis hierárquicos encarece a operação, reduzindo a margem de lucro e, consequentemente, a viabilidade da franquia. "O fraqueado precisa estar dentro do negócio não só para cuidar de perto do nosso patrimônio, mas também para reduzir custos com pessoal", comenta, lembrando que o nível de qualidade do atendimento ao cliente também é muito influenciado pelo cuidado que o dono - ou o franqueado - dedica à empresa.
Fri-Sabor se prepara
A sorveteria Fri-Sabor, que tem fábrica própria, já coleciona mais 100 de pedidos recentes de franquia, de outras capitais, como Brasília, mas principalmente em Recife e em cidades do interior de Pernambuco. A diretora Graça Petribu já está convencida que a melhor opção de expansão para a companhia é o franchising, mas não quer apressar o processo em detrimento da qualidade da transição.
As movimentações em torno disso começaram no ano passado e uma consultoria já foi contratada, mas ela acredita que, neste ponto, são os proprietários que devem cuidar da "arrumação da casa" e das futuras orientações aos franqueados. "Estamos formatando o manual de procedimentos. Precisamos de um manual que não fique só a prateleira", comenta a empresária, ao falar sobre a necessidade de envolvimento dos donos do negócio. Tudo para garantir que o sucesso da empresa, hoje com 55 anos e seis lojas próprias, se replique nas franquias que estão por vir. (JC On Line)
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