Caso PC Farias-Suzana: adiado o júri dos 4 ex-policiais acusados
Foi adiado, ainda sem nova data marcada, o
julgamento, pelo júri popular, dos quatro ex-policiais militares
acusados de co-autoria de homicídio no caso PC Farias-Suzana Marcolino. O
novo juiz titular da 8ª Vara Criminal de Maceió – onde corre o processo
–, John Silas da Silva, lembrou ao TNH1 que assumiu a vara recentemente
e precisa “conhecer melhor o processo, que tem muitos volumes”.
O julgamento do caso PC-Suzana é um dos mais
esperados na história recente de Alagoas. Depois de esgotados todos os
recursos da defesa, inclusive no Supremo Tribunal Federal, o júri havia
sido marcado para 21 de novembro. Agora, com a mudança do juiz, é
possível que o júri fique para o início de 2013.
O juiz John Silas disse ao TNH1 que
pretende remarcar o julgamento para “o mais breve possível” e mantém
entendimentos com o Tribunal de Justiça para fixar a nova data.
O caso
O empresário Paulo César Farias, ex-tesoureiro de
campanha do ex-presidente Collor, e sua namorada Suzana Marcolino foram
encontrados mortos no quarto da casa de praia de PC, em Guaxuma, na
madrugada de 23 de junho de 1996.
Vão sentar no banco dos réus os ex-seguranças de PC
(e até hoje funcionários da família Farias) Adeildo dos Santos, Reinaldo
Correia de Lima Filho, Josemar dos Santos e José Geraldo da Silva,
acusados de co-autoria do duplo crime. Os quatro, à época, eram
policiais militares da ativa. Os mandantes, se houve, continuam envoltos
em mistério.
O juiz original do caso, Alberto Jorge Correia de
Barros Lima, na época titular da 8ª Vara Criminal, acolheu os argumentos
do então promotor do caso, Luiz Vasconcelos, do Ministério Público
Estadual, e assinou a sentença de pronúncia, mandando os quatro
ex-seguranças para o banco dos réus. Sucessivos recursos da defesa dos
acusados atrasaram em 16 anos o processo, que agora parece estar perto
do fim.
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