Juízes federais e da Justiça do Trabalho param hoje e amanhã para pedir aumento salarial
Juízes
federais e da Justiça do Trabalho de todo o país farão uma paralisação
conjunta nesta quarta (7) e quinta-feira (8) para pedir reajuste
salarial.
Segundo a categoria, desde 2005, quando
foi fixado o teto de remuneração para juízes da União, o único aumento
foi de 9%, em 2009, embora a variação da inflação durante esses sete
anos tenha sido de 40%, o que daria uma defasagem de 28,86%.
Não haverá audiências nem hoje nem
amanhã, mas os magistrados vão continuar julgando casos mais graves e
urgentes, a critério do juiz, como habeas corpus e mandados de
segurança. No total, são 1.800 juízes federais e cerca de 4.000 do
Trabalho.
Em Brasília, pela manhã, haverá uma
mobilização de juízes no Tribunal Regional Federal. Em seguida,
representantes das entidades Ajufe (Associação dos Juízes Federais do
Brasil) e Anamatra (Associação dos Juízes da Justiça do Trabalho) devem
se encontrar com os presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara,
Marco Maia. O Congresso Nacional deve votar em dezembro o Orçamento da
União para o ano que vem e o objetivo é sensibilizar os parlamentares.
À tarde, a categoria se reúne com o
corregedor da Justiça Federal, ministro João Otávio de Noronha, e o
presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ayres Britto.
Entre as reivindicações dos magistrados
também está a progressão funcional. Eles exigem receber adicional por
tempo de serviço para diferenciar o salário de quem ingressa na carreira
de quem está no final dela.
Também como forma de protesto contra os
salários, os magistrados não pretendem participar da Semana Nacional de
Conciliação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que acontece de 7 a
14 de novembro.
A campanha envolve todos os tribunais
brasileiros, que separam os processos com chance de acordo e intimam as
partes envolvidas para tentar resolver o litígio. A meta é desafogar o
Judiciário.
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