Microbiologista alerta quais os cuidados que devem ser tomados no Salão de Beleza!
(Gleiciere Maia Silva, Biomédica) |
Freqüentar salão de
beleza é algo muito comum entre homens e mulheres, sobretudo para o público
feminino. Entretanto, salões de beleza podem se tornar um risco à saúde tanto
dos clientes quanto dos profissionais que trabalham nesses locais,quando estes não
obedecem a normas de higiene e esterilização.A Biomédica e Microbiologista Gleiciere
Maia Silva afirma que um dos maiores perigos, ao qual os clientes estão
expostos neste ambiente, encontra-se nos objetos que são compartilhados como
alicates, tesouras, escovas, esmaltes, dentre outros. Tais objetos podem servir
de veículo de contaminação e acarretar transmissão de doenças como Hepatite B e
C, tétano e do vírus HIV, quando contaminados com o vírus/bactérias e usados
inadequadamente.
Segundo a biomédica, existe
uma série de questões a se levar em consideração, quando se trata do uso de
materiais para unhas, pele e cabelos. Instrumentos de manicure devem ser
esterilizados e os feitos de madeiras tais como lixa de unhas, de pés e palito,
segundo a Vigilância Sanitária, devem ser descartados após o uso individual. Quando
falamos em unhas, o simples hábito de fazer as unhas no salão utilizando
objetos coletivos sem a higiene adequada ou sem estarem devidamente esterilizados
pode ocasionar desde micoses nas unhas (onicomicose) até infecções graves. O
esmalte é outro problema, pois caso o mesmo esteja contaminado com fungos, bactérias
ou vírus o ato de pintar as unhas das clientes é como passar uma solução rica
em micro-organismos potencialmente infectantes, podendo causar doenças,
sobretudo se as unhas ou contornos estejam com uma lesão que será uma porta de
entrada.
A escova de cabelo é
algo que também deve ser utilizada com cuidado. É preferível que cada pessoa
leve sua escova e/ou pente, caso o salão de beleza não tenha uma política de
trocar de escova ou de lavagem da mesma a cada cliente, uma vez que são objetos
de uso individual e, na situação de uso coletivo, há riscos de transmissão desde
pediculose (piolhos) até uma micose de couro cabeludo. Existem casos de micose de
couro cabeludo nos quais o tratamento inclui a raspagem completa do cabelo, associado
ao uso de antifúngicos na forma de shampo para que não ocorram recidivas.
As maquiagens e pincéis
são outras possíveis fontes de contaminação, por isso a biomédica Gleiciere
recomenda que cada cliente leve os seus próprios produtos e pincéis para que
assim possa ser realizada a maquiagem sem o risco de transmissão de doenças
como herpes, conjuntivite e até acne, caso a maquiagem esteja contaminada com
alguns dos agentes causadores dessas enfermidades.
A proteção e higiene é
uma maneira interessante de prevenir complicações aos usuários de salões e aos
profissionais que trabalham com isso. O uso de luvas e máscaras pelos
profissionais é imprescindível para a sua proteção contra doenças infecciosas e
contra agressões provocadas por substâncias químicas utilizadas rotineiramente
nestes ambientes. A maior dica da Biomédica Gleiciere Maia é que as clientes
levem seus próprios produtos de casa ao salão de beleza, incluindo escovas, alicates,
lixas e esmaltes, afinal o salão de beleza é um local para nos proporcionar
bem-estar, não é para ser um local de veiculação de doenças. (Autora do Texto:
Gleiciere Maia Silva, Biomédica, especialista em Microbiologia Médica e
Micologia e Mestranda em Biologia de Fungos)
Sou manicure da varzea e tentarei seguir os conselhos.Grata
ResponderExcluirAdoro quando essa biomédica manda artigos pra esse blog..
ResponderExcluirSó fala coisas importantes e nos deixa informadas