Lula usou R$ 44 milhões públicos com “gastos secretos”; de hotel a comida de bicho

domingo, janeiro 13, 2013 Inaildo Dionisio 0 Comentários


Parte dos gastos da Presidência da República com cartões corporativos podem ser classificados como “sigilosos”, supostamente por se tratarem de “informações estratégicas para a segurança da sociedade e do Estado. O jornal O Estado de São Paulo teve acesso à planilha do Palácio do Planalto referente aos gastos de 2003 a 2010 – que engloba os dois governos Lula. E os “gastos secretos” não foram com coisas lá tão importantes para a nação. Somadas em R$ 44,5 milhões nos oito anos de Lula no Planalto, as despesas sigilosas incluem hoteis de luxo, produtos de limpeza, (muitas) sementes, material de caça e pesca e até comida para animais domésticos.

Do referido valor, R$ 31,6 milhões referem-se a despesas com hotéis e locação de carros. O valor restante (R$ 12,9 milhões), divide-se em 106 itens, que incluem comissões e corretagem, despesas com excesso de bagagem, serviços médicos, taxas de estacionamento, pedágio, material esportivo e produtos médicos. Os gastos foram realizados por servidores do Gabinete de Segurança Institucional, do Gabinete Pessoal do ex-presidente da República e ordenadores de despesa da Presidência. Mas parte dessas “despesas secretas” não se enquadra em informações estratégicas e de segurança.

O cartão corporativo foi criado em 2001, ainda no governo FHC, exatamente para dar mais transparência aos gastos oficiais. Auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) já apontavam para a irregularidade do segredo de alguns gastos com cartão corporativo. A Legislação afirma que cabe ao gestor regulamentar o uso da verba sigilosa.

MAIS ÉTICA
 - Nos nove primeiros meses de 2011, primeiro ano do governo Dilma, 46,2% das despesas do cartão corporativo estão inclusas na lista de “sigilosas”. O percentual soma R$ 21,3 milhões dos R$ 46,1 mi. A maioria é de compras e saques da Presidência da República, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Federal. Com informações do jornal O Estado de S. Paulo. (Jamildo)

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