Suspeitos de fraudar documentos de veículos são presos na Paraíba
Seis pessoas foram presas, nesta segunda-feira (07), na Paraíba, acusadas de participar de uma quadrilha que falsifica documentos usados para legalizar carros roubados. A quadrilha estava sendo investigada há seis meses. De acordo com a polícia, foram apreendidas com o grupo dezenas de identidades com os mesmos rostos, mas com vários nomes. Os carros roubados, também ganhavam nova documentação.
A suspeita é a de que os bandidos agiam em pelo menos quatro estados, porque foram encontrados papéis em branco utilizados para impressão de documentos com origem na Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. Já os dos carros, são do Detran de Pernambuco. A polícia explicou ainda que todo o material vai ser periciado.
“Os veículos eram transformados em outros com as mesmas características. As pessoas que realizavam a falsificação tinham mais de dez identidades diferentes”, afirmou a agente da Polícia Rodoviária Federal, Keila Melo.
A informação de que certificados de registro e licenciamento de veículos de Pernambuco foram usados para fazer falsificações não causou surpresa na sede do Detran de Pernambuco, no Recife. Ano passado, duas unidades do Detran, nos municípios de Paulista e Goiana, foram invadidas por assaltantes. Os bandidos teriam roubado mais de 2,5 mil documentos em branco.
A diretora de Operações do Detran de Pernambuco, Sandra Barbosa, disse que ainda não foi notificada pela Polícia Rodoviária Federal, mas, acredita, que os certificados de registro e licenciamento de veículos apreendidos são os que foram roubados ano passado.
“Todo esse produto de assalto é informado ao Denatran, vai para o banco de dadas e é automaticamente cancelado. O documento não tem mais tem validade. Em qualquer estado é possível verificar que o veiculo é roubado”, explicou a Sandra Barbosa.
A assessoria de imprensa do Detran de Pernambuco informou que já foi pedida à polícia a numeração de todos os documentos apreendidos na operação em João Pessoa. Um inquérito administrativo foi instaurado para apurar como a quadrilha conseguiu os documentos.
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