Governo quer adiar alta do IPI de veículos de novo
Após
apresentar um calendário para aumentar, progressivamente, a alíquota do IPI
para automóveis, o Ministério da Fazenda agora pensa em adiar a esperada
elevação do imposto a partir de abril. A decisão será tomada até a próxima
segunda-feira. O objetivo é manter a produção aquecida e conter a
inflação, mas há dúvidas no mercado sobre o impacto da prorrogação.
"A
resposta (em prorrogar) é positiva, mas de grandeza relativa", diz Valdner
Papa, diretor da Fenabrave (federação dos distribuidores). Alguns
especialistas argumentam que sucessivas renovações da desoneração do IPI,
feitas ao longo de 2012, estariam perdendo o efeito surpresa e já não serviriam
tanto para estimular um aumento substancial nas vendas.
Muito
além da manutenção do imposto reduzido, o setor automotivo cobra do Executivo
que reduza, de forma global, a carga tributária que incide sobre o automóvel no
Brasil. Papa afirma que a demanda por automóveis em fevereiro retornou a
patamares semelhantes aos do mesmo período de 2012, quando, segundo ele, o mercado
estava "apático", com vendas em baixo patamar.
"Por
que seria feita essa prorrogação? Penso que o governo deve estar percebendo que
o consumidor já está se caracterizando por aquela apatia",
afirmou. Desde janeiro, a alíquota passou a variar de 2% a 8%, dependendo
do veículo, mas deveria entrar abril em outro intervalo: de 3% a 10%, o que
tende a ser adiado.
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